Resenhas: O Lado Bom da Vida

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014



Pat Peoples, um ex-professor na casa dos 30 anos, acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que passou apenas alguns meses naquele "lugar ruim", Pat não se lembra do que fez ir para lá. O que  sabe é que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um "tempo separados"

Tentando recompor o quebra-cabeça de sua memória, agora repleta de lapsos, ele ainda precisa enfrentar uma realidade que não parece muito promissora. Com o pai se recusando a falar com ele, a esposa negando-se a aceitar revê-lo e os amigos evitando comentar o que aconteceu antes de sua internação, Pat, agora viciado em exercícios físicos, está determinado a reogarnizar as coisas e reconquistar sua mulher, porque acredita em finais felizes e no lado bom da vida.

Uma história comovente e encontadora, de um homem que não desiste da felicidade, do amor e de ter esperança.

Detesto esse tipo de sinopse que já diz tudo e me deixa de mãos atadas. Mas vamos lá, vou tentar trazer novidade.


No início do livro você é apresentado a Pat, obcecado por exercícios físicos, já fazendo suas abdominais no jardim do 'lugar ruim', como ele mesmo diz. E lá esta a mãe dele que diz que se ele se comportar e parar de dizer que vai atrás de sua esposa, tira ele de lá.

Pat aceita a proposta da mãe dele e quando chega em casa se depara com toda uma academia montada para ele, um pai que o evita, um irmão que o visita algumas vezes nos dias de jogos do Eagles, mas que nunca o visitou na clínica, um amigo que não fala com ele a anos, uma garota que o segue enquanto ele faz sua corrida diária dentro de um saco de lixo, ele usa o saco, não ela, e um piscicólogo que é um torcedor nato do Eagles. E pra fechar com chave de ouro descobre que passou muito mais do que apenas uns meses no 'lugar ruim'.

Muita informação? Nem tanto. Na verdade eles entram com em cena certa gradatividade na vida dele. Mas vamos falar de Tiffany, a garota que o segue enquanto ele corre usando um saco de lixo. (isso mesmo, ele diz, e com razão, que isso faz ele perder mais calorias)

Eles se conhecem em um jantar organizado pelo amigo de Pat e Tiffany é irmã da esposa dele. Curiosamente ela também tem seus problemas mentais. Ela é ninfomaníaca.
- Notei o jeito como você estava  olhando para mim. Não me venha com essa, Pat. Moro em um anexo nos fundos, que é completamente separado da casa, então não há nenhuma chance de meus pais nos pegarem juntos. Odiei o fato de você ter usado uma camiseta de futebol no jantar, mas você pode me comer, contanto que apague as luzes primeiro. Está bem? [...] - Ou não - acrescenta Tiffany pouco antes de começar a chorar.
Após um encontro excêntrico nesse jantar ela passa a perseguí-lo todas as vezes em que ele sai para correr. Quando ele pergunta o por que ela simplesmente diz que está observando-o.

Depois de algumas corridas e encontros para comer cereais ela se oferece para fazer contato com sua ex-esposa, em troca de um 'pequeno' favor.

Durante essa estadia no 'lugar ruim' ele passa a fazer coisas que agradariam sua esposa na esperança de acabar com o 'tempo separados'. Ele faz exercícios físicos (ele tem um vício absurdo nisso! Acho que já falei sobre isso...), lê  obras de literatura americana, tenta ser mais sensível com as mulheres, etc...
-Quantas flexões exatamente você vai fazer, Pat? - pergunta mamãe quando começo a segunda série de cem sem falar com ela.  -Nikki... gosta... de... homens... com... peitoral... forte - respondo, pronunciando uma palavra a cada flexão, saboreando as gotas salgadas de suor que escorrem para dentro de minha boca. 

Mas o único relacionamento que ele tem que recuperar não é só o da sua esposa. Seu pai não fala com ele e faz de tudo para não ter que vê-lo. Sendo ele sendo um torcedor ROXO do Eagles, um time de futebol americano, Pat precisa ser um verdadeiro torcedor para ter o afeto de seu pai novamente.
Quando chego em casa, meu pai está assistindo à televisão. Os Eagles estão jogando com os Jets em um jogo de pré-temporada que eu não sabia que estava passando. Ele nem sequer olha para mim [...]
Minha amiga disse que depois de ler o livro ela passou a gostar de futebol americano, enquanto eu a única coisa de que eu gostava era pular todos os gritos de guerra que são repetidos umas 15 vezes, creio eu. Sim, eu contei, mas perdi a conta no meio do caminho e não tinha certeza se tinha parado no 10 ou no 7.
Voem Eagles, voem! Ahhhhhhhhhhh! E!-A!-G!-L!-E!-S! Eagles! 

A jornada de Pat é ardua e emocionante. Depois de descobertas dolorosas, concursos de danças para depressivos, surtos, exercícios, leituras deprimentes, mais exercícios e muitos gritos de guerra e hinos do Eagle depois, ele vai ter o que necessita.


Assisti ao filme no mês passado e me impressionei com o resultado. Achei bem melhor do que o livro. Tem mais romance e não te deixa com tanto ódio. Além de ter cenas hilárias que não encontrei no livro. Mas ele não segue muito a linha so livro. É bem diferente.

O livro é bom e é uma pedida ótima para quem gosta de uma literatura diferente e não muito regada a romance.
- Eu preciso de você, Pat Peoples, eu preciso de você para caralho.

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